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Ar condicionado mal instalado pode trazer problemas para o condomínio

13/09/2019 Sindicon Comunidade

Reprodução

O calor voltou com tudo para Minas Gerais. Na quinta-feira, dia 12 de setembro, em pleno inverno, fez 35 graus em Belo Horizonte. Por causa disso, muita gente toma a iniciativa de instalar um ar condicionado em casa ou no trabalho. No entanto, em condomínios, é preciso observar alguns critérios antes de comprar o aparelho.

O primeiro detalhe importante é saber se a Convenção Condominial permite a instalação de ar condicionado. Isso porque os equipamentos de parede mudam a fachada do prédio e por isso, a maioria dos edifícios que não tem a previsão de instalação do aparelho no projeto tende a não aprovar a mudança.

Assim, antes de instalar o ar condicionado, o condômino deve pedir aprovação em Assembleia, com quórum de 2/3 dos presentes. Além disso, “a Assembleia também deve normatizar a instalação dos aparelhos para que os demais condôminos interessados sigam uma padronização para que a fachada fique uniforme”, explica o presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.

Rede - Outro ponto é saber se a rede elétrica do prédio suporta a instalação de ar condicionado, sobretudo em edifícios antigos. Segundo o engenheiro eletricista José Guilherme Rodrigues da Silva, os prédios construídos há mais de 25 anos estão fora dos parâmetros da norma 5410 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regulamenta instalações elétricas.

Por isso, é essencial que se faça uma avaliação técnica antes da instalação. De acordo com José Guilherme, a principal medida a ser verificada é se o prédio tem reserva técnica de energia. “Supondo que o ar condicionado consuma uns 3 mil volts. Se a rede já está no gargalo, não vai ter capacidade para aguentar. Se a fiação e os disjuntores não estiverem dimensionados para receber a carga nova do ar, vão começar a esquentar e fatalmente vai gerar um curto-circuito, que pode levar a um incêndio”, diz o engenheiro. Ainda de acordo com José Guilherme, 95% dos incêndios em residências são de origem elétrica.

No entanto, mesmo prédios antigos podem ser adaptáveis para receber a carga de novos aparelhos. O engenheiro contratado precisará avaliar a planta, o projeto elétrico e a rede elétrica do edifício para fazer a avaliação. E somente aí é que será seguro fazer as adaptações necessárias. “Essa avaliação só pode ser feita por um engenheiro eletricista. Depende do tamanho do prédio e do número de unidades. Lamentavelmente, no Brasil é no jeitinho. Pode até dar certo, mas, quando dá errado é que as pessoas vão procurar saber o que aconteceu”, diz José Guilherme.

Finalmente, também é preciso dar a correta destinação à água gerada pelo condensamento do ar no processo de refrigeração. O famoso “pinga-pinga” não é um defeito do aparelho, mas pode incomodar se a água não tiver um reservatório externo, que pode ser uma calha ou uma jardineira.

Saúde - Além dos perigos estruturais, o ar condicionado pode prejudicar a saúde se não for utilizado corretamente. Como ele deixa o ar muito seco, pessoas que têm doenças respiratórias, como asma, rinite e outras alergias, podem ter as crises agravadas. Segundo o pneumologista e intensivista do Hospital Universitário da Faculdade de Ciências Médicas, Rodrigo Santana Dutra, o consumidor deve ficar atento ao manual do fornecedor e programar as manutenções necessárias, especialmente a limpeza dos filtros e dos condutos. “Nesses locais, se acumulam bactérias e fungos que podem provocar doenças respiratórias”, explica ele. Essa recomendação é mais importante ainda em ambiente comercial ou com grande aglomeração de pessoas. Sem ter circulação natural do ar, agentes infecciosos como vírus e bactérias podem provocar até pneumonia.

Outra atitude importante, de acordo com o médico, é utilizar umidificadores de ambiente ou deixar uma bacia com água em um canto para que o ar não fique tão seco. Também é fundamental não deixar a temperatura muito baixa no ambiente refrigerado. O choque térmico causado pela queda repentina na temperatura em relação ao ambiente externo pode provocar irritação e dores de garganta.

 

 

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